As barragens de rejeitos são estruturas construídas transversalmente aos vales, com terra ou até mesmo concreto, e utilizadas basicamente para a acumulação de água, embora também sejam utilizadas para deposição de outros materiais, como rejeitos de processos industriais.

No caso da mineração, esses resíduos resultam do beneficiamento do minério, que é quando acontece a separação do produto bruto em concentrado (material rico, com valor econômico) e rejeito (material sem demanda de mercado).  Os rejeitos são transportados e dispostos em forma de polpa, ou seja, uma fração líquida com sólidos em suspensão.

Existem vários tipos de barragem, que variam de acordo com sua finalidade e conformação do terreno onde se localizam:

• Terra – Este é o tipo mais comum e também o mais antigo de barragem, normalmente construída para armazenar água. Pode estar apoiada em tipos variados de fundação, que vai da rocha compacta até materiais consolidados.

• Arco – As barragens em Arco, também conhecidas como abóbadas, normalmente são construídas em vales mais estreitos e têm formato curvo, o que possibilita que as pressões sobre o maciço sejam transferidas para as ombreiras.

• Gravidade em concreto – As barragens de gravidade em concreto normalmente são construídas em locais onde há restrição de espaço ou dificuldade de terraplanagem. Elas requerem uma fundação competente e são construídas por uma parede de concreto, maciça ou vazada.

• Contraforte de concreto – Esse tipo de barragem é formado por uma laje impermeável de concreto, apoiada por lajes de sustentação denominadas contrafortes. Devido à pequena área da base, a pressão é reduzida, mas, ainda assim, é exigido um maior tratamento das fundações e um maior controle geológico.

Os barramentos também possuem mecanismos de impermeabilização e drenagem. O material presente nas barragens é inerte, ou seja, não contém componentes tóxicos. Ele é composto, em sua maior parte, por sílica (areia) e não apresenta nenhum elemento químico danoso à saúde.